terça-feira, dezembro 21, 2010

The Social Network

Cinema: A Rede Social ! Filmaço sobre a genialidade de Mark Zuckerberg e a sua criação maior: Facebook !


"People wanna go online and check out their friends, so why not build a website that offers that. I'm talking about taking the entire social experience of college and putting it online."["As pessoas querem estar online e encontrar os seus amigos, então porque não construir um website que ofereça isso. Estou falando em colocar toda a vivência social da faculdade online." - Mark Zuckerberg]




The Social Network

A Rede Social, 2010 [Universal Pictures Home Entertainment]

"If you guys were the inventors of Facebook, you'd have invented Facebook. "["Se vocês fossem os inventores do Facebook, vocês teriam inventado o Facebook" - Mark Zuckerberg]

"The internet's not written in pencil, Mark. It's written in ink." ["A internet não é escrita a lápis, Mark. É escrita a tinta." - Erica Albright]



O ano de 2010 se encerra festivamente como sendo o ano do Facebook tendo o rosto de seu maior protagonista, Mark Zuckerberg, estampado nas principais publicações mundiais, com destaque para a Time e a sua edição de Personalidade do Ano. Aos 26 anos, bilionário, Mark é a segunda personalidade mais jovem a estampar a capa especial da publicação, atrás apenas de Charles Lindbergh, eleito o homem do ano pela revista em 1928, aos 25 anos.

Mais do que um rosto juvenil, a foto da Time vem a se somar ao filme de David de Fincher [The Curious Case of Benjamin Button, 2008] e a identificá-lo para o mundo como o criador de algo que vem mudando a maneira das pessoas se relacionarem fazendo uso do universo virtual e acessível, uma verdadeira revolução que envolve atualmente mais de 500 milhões de usuários ! Este garoto nerd retratado soberbamente pelo roteiro de Aaron Sorkin [The West Wing, 1999-2006] e descrito em uma linguagem leve e fluida por Ben Mezrich [Bringing Down the House: The Inside Story of Six M.I.T. Students Who Took Vegas for Millions, livro que deu origem ao filme 21, Robert Luketic, 2008] em seu livro, Bilionários por Acaso [The Accidental Billionaires: The Founding of Facebook - A Tale of Sex, Money, Genius & Betrayal, 2009], está a frente de um negócio iniciado em um dormitório de Kirkland em Harvard em 2003, avaliado pela Financial Times em mais de 35 bilhões de obamas, ultrapassando gigantes da internet como Yahoo e eBay.



Assim sendo, assistir ao filme The Social Network é quase uma obrigação, sobretudo nos tempos de redes sociais e relacionamentos virtuais em que vivemos. Se você não é ainda usuário do Facebook, certamente se tornará um em breve, como fazem aproximadamente um milhão de novos cadastrados por dia !

Aquilo que poderia ser retratado como uma história de sucesso banal levado às telas de forma cartesiana e desinteressante assume proporções inigualáveis nas mãos do talentoso David Fincher. Diferentemente do aborrecido Pirates of Silicon Valley [Martyn Burke, 1999] que conta a história de dois monstros sagrados da tecnologia - Bill Gates & Steve Jobs, o filme é delicioso e impõe um dinamismo a história que surpreende desde a primeira e emblemática cena. Esta cena que se passa em um suposto bar estudantil e que apresentam os personagens Mark Zuckerberg [Jesse Eisenberg, Zombieland, Ruben Fleischer, 2009] e Erica Albright [Rooney Mara, A Nightmare on Elm Street, Samuel Bayer, 2010] aos espectadores é o pontapé inicial e a razão para os acontecimentos que se seguem até o estrondoso sucesso do Facebook, "A" Rede Social, como diz o título, entre tantas outras que se perderam pelo caminho, tais como Google Buzz, MySpace, Friendster.

"You are probably going to be a very successful computer person. But you're going to go through life thinking that girls don't like you because you're a nerd. And I want you to know, from the bottom of my heart, that that won't be true. It'll be because you're an asshole." ["Você provavelmente será uma pessoa muito bem sucedida no mundo dos computadores. Mas você passará a vida pensando que as garotas não gostam de você porque você é um nerd. E eu quero que você saiba, do fundo do meu coração, que isto não é verdade. É porque você é um idiota." - Erica Albright]

A linha adotada por Aaron Sorkin em seu brilhante roteiro é muito distinta do fio condutor da narrativa da história recente do livro de Ben Mezrich. Embora, o filme se apresente como baseado no livro, na realidade os dois textos foram concluídos quase simultaneamente e se complementam. Ao ler o livro, percebe-se claramente o que um roteiro de qualidade e a visão de um grande cineasta fazem toda a diferença do mundo. Dois pontos se sobressaem nas diferenças entre o filme e o livro: a participação sobrevalorizada de Erica na composição do personagem em suas dificuldades sociais e a discussão dos advogados entre as partes conflitantes, de um lado Mark, nos outros dois vértices, os irmãos Winklevoss / Divya Narendra e Eduardo Saverin. David Fincher atualmente se junta à uma classe de elite em que se encontram poucos diretores autorais unânimes, tais como Christopher Nolan [Inception, 2010], Tim Burton [Alice in Wonderland, 2010], Quentin Tarantino [Kill BIll, 2003-04], Peter Jackson [The Lord of the Rings, 2001-03] e Jim Cameron [Avatar, 2009], para citar apenas alguns.

Um dos aspectos interessantes do filme é a rapidez com que chega às telas uma história surpreendentemente recente e que está longe de uma conclusão em meio ao caldeirão efervescente e inovador que é o vale da tecnologia na Califórnia. Como diz Sean Parker [Justin Timberlake, The Open Road, Michael Meredith, 2009]: A Califórnia é onde tudo acontece !". Como tanto o livro, quanto o filme, não foram efetivados com a aprovação e consulta aos principais envolvidos, trata-se de uma ficção, como bem definiu o próprio Zuckerberg ao assistir o filme. O brasileiro Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, interpretado com vigor pelo futuro homem-aranha, Andrew Garfield, foi mais reticente ao comentar ser divertido ao se ver nas telas e constatar o que é verdadeiro e o que é ficção...

"A guy who makes a nice chair doesn't owe money to everyone who has ever built a chair. " ["Um cara que faz uma cadeira legal não deve dinheiro a qualquer um que não tenha sequer feito uma cadeira." - Mark Zuckerberg]

De qualquer forma, tanto o filme, quanto o livro, concedem total liberdade para as inúmeras interpretações e amarrações ao que é narrado, deixando ao espectador / leitor, em maior ou menor grau, a divertida tarefa de encontrar contradições e lacunas deixadas pelos principais personagens deste episódio inacabado de uma empresa que já deixou a sua marca através do espaço conquistado em seus 6 anos de existência.

O filme conta a história, já lendária, de um estudante incomum de Ciência de Computação na tradicional e exclusiva Harvard, Mark Zuckerberg, que ao tomar um simples "pé no traseiro" de sua namorada Erica Albright, desencadeia em ritmo frenético e alucinante a concepção do Facebook.

A amizade improvável com Eduardo Saverin, que se mudou para Miami com a família aos 13 anos, depois de ser listado como potencial sequestrável em uma relação de ilustres lucrativos, aluno de Economia com futuro promissor, participante do grupo de investidores do campus e prestes a se tornar membro do clube exclusivo Phoenix. Em comum com Mark, o compartilhamento do sentimento de querer fazer parte dos limitados e exclusivos Final Clubs, traçar algumas meninas...

"You know what's cooler than a million dollars?" ["Você sabe o que é mais bacana do que um milhão de dólares ?" - Sean Parker]
"You ?" ["Você ?" - Mark Zuckerberg]
"A billion dollars." ["Um bilhão de dólares ?" - Sean Parker]



Aliás, transar é o catalisador comum a todos os universitários com suas baterias de hormônios efervescentes, e que os motiva a desenvolver e a participar de redes sociais visando conhecer as estudantes, suas grades de matérias , seus interesses e preferências, onde estarão, e por aí vai... Brincadeiras nem tanto inconsequentes e criativas como o Facemash, além de denotar uma habilidade incomum para hackear sites da universidade, a fim de baixar e catalogar as alunas em uma comparação, duas a duas, para eleger a garota mais gostosa do campus, são exibidas ao som de um White Stripes contagiante em um dos muitos dormitórios de Kirkland. Aliás, esta sequência é magistral e poderia estar em qualquer vídeoclip da MTV !

A contribuição de Eduardo é incontestável e as artimanhas contratuais orquestradas por Mark e Sean no decorrer da história soam como uma traição cruel e fria do mundo dos negócios. Entretanto, o comportamento e comprometimento de Eduardo com os acontecimentos e fatos que desfilam à sua frente em uma velocidade incontrolável faz dele uma testemunha passiva e oclusa e sacramenta desta forma caminhos distintos ao longo da história do Facebook. Não há mocinhos e bandidos nesta história, daí a ficção ser envolvente e verossímil, trazendo-nos personagens, biográficos e reais ou não, que poderiam estar convivendo ao nosso lado.

"We lived in farms, then we lived in cities, and now we're gonna live on the internet! " ["Vivemos em fazendas, então vivemos em cidades, e agora vamos viver na internet !" - Sean Parker]



A caracterização de Mark apresenta uma série de incógnitas quanto ao seu comportamento obtuso, sua motivação obsessiva na construção do site, seu foco quase sobrenatural, sua dificuldade em se expressar e comunicar as suas emoções, a completa inabilidade em suas relações mais próximas, seu jeito nerd com suas indefectíveis sandálias Adidas e moletons encapuzados, além de sua fragrante genialidade. Tudo isso faz dele um personagem icônico com todos os atrativos de um fascinante ídolo de massa.

O imbróglio com os gêmeos univitelinos Tyler e Cameron Winklevoss [Armie Hammer de séries famosas como Reapper e Gossip Girl, 2009], modelos de atletas bem sucedidos, ricos e pertencentes ao clube mais exclusivo da universidade, Porcellian, famosos e imbatíveis remadores de Harvard, populares com as garotas e entre os seus pares. A antítese perfeita da dupla Mark & Eduardo, é a máxima de se estar no local certo e na hora certa. Sem dúvida alguma este episódio fortuito contribuiu sobremaneira para a ignição da faísca detonante para a criação do Facebook. A convergência de idéias culminando com o tempero final denominado exclusividade para usuários pertencentes ao campus e convidados a participar, emulando a vida real dos estudantes de uma das mais famosas e conceituadas universidades do mundo. O confronto levado aos escritórios de advocacia calcado na discussão sobre propriedade intelectual, apropriação e a importância em sair na frente, são pontos discutidos que permeiam o filme sustentados por diálogos ágeis e inteligentes. Há um certo revanchismo dos nerds, estigmatizados em relação à cultura vigente e à rebeldia juvenil e as festas e encontros universitários transpiram este sentimento retratando o dia a dia das universidades americanas.

"You think you know me, don't you ?" ["Você pensa que me conhece, não é ?" - Sean Parker]
"I've read enough." ["Li o suficiente." - Eduardo Saverin]
"YYou know how much I've read about you? " ["Você sabe o quanto li à seu respeito ?" - Sean Parker]
"Nothing." ["Nada." - Sean Parker]



A entrada estilosa da figura de Sean Parker, cofundador com Shawn Fanning [criador] do Napster em 1999, na vida dos fundadores do Facebook é impactante e bem retratada no filme, acrescentando a visão de investimentos e a efetivação de um negócio de um bilhão de obamas. A explicação mais detalhada é descrita no livro de Mezrich contando os empreendimentos e a atuação de Sean, bem como características acentuadas de sua personalidade esfuziante e contagiante. Se não houvesse Sean Parker o progresso e a popularização do Facebook não teriam sido na velocidade vertiginosa que a história agora nos conta. Não basta ter uma boa idéia, é necessário que a transforme em um negócio ! E Sean Parker era o cara certo, provido de uma aguda visão empreendedora e de negócios de tecnologia. Além de sua ambição e egolatria, é o personagem mais calculista e manipulador da história, quase um vilão. Entretanto, será sobrepujado pelo focado Mark.

"Zuckerberg stole our idea! It's been live for 36 hours now. " ["Zuckerberg roubou a nossa idéia ! Está no ar há 36 horas !" - Divya Narendra]



Escrever sobre o filme The Social Network é comentar principalmente sobre a atuação da trinca de protagonistas, que ao lado do roteirista e do diretor, levam esta película a um patamar diferenciado e que certamente serão lembrados na premiação badalada hollyoodiana.

O novaiorquino Jesse Eisenberg já havia nos brindado recentemente com o seu Columbus de Zombieland e faz um Mark Zuckerberg magnífico e carismático. Constrói um personagem crível que ambiciona a exclusividade de clubes fechados e seletivos como portal para acesso a pessoas que dificilmente teria contato, como pondera com Erica durante o diálogo inicial. A sensação que passa de rejeição e desconforto social, além de certa inveja da ascensão do status estudantil de Eduardo ao entrar no Phoenix S-K, está na medida de sua genialidade e concentração no desenvolvimento de aplicações como Synapse [um MP3 Player artificialmente inteligente que aprendia os hábitos musicais de seus usuários], Coursematch [aplicação que permitia aos estudantes verem listas de outros alunos matriculados nas mesmas classes], Facemash e finalmente Facebook. Há momentos imperdíveis da atuação de Eisenberg como quando observa a chuva durante as tratativas com os advogados, ao divulgar a sua idéia a Eduardo do lado de fora da festa carimbenha, seu comportamento perante o conselho da universidade e por aí vai.

"Made an app for MP3s that recognizes the user's taste in music. " ["Fiz um aplicativo para MP3 que reconhecia o gosto musical do usuário." - Mark Zuckerberg]
"Anyone try to buy it ?" ["Alguém quis comprar ?" - Marylin Delpy]
"Microsoft. " - Mark Zuckerberg



Andrew Garfield é o contraponto de Jesse na trama e equilibra sua atuação vestindo a pele do ex-melhor amigo, misto de yuppie universitário, com homem de negócios de visão comercial e de investimentos, mas também com grande dificuldade em lidar com a avalanche de fatos desencadeados pelo sucesso do Facebook, aliado a uma boa dose de imaturidade. Sua atuação é equilibrada e a angústia de sentir que o bonde caminha para uma direção diferente de sua previsão é passada com correção para aqueles que acompanham a saga. Há uma expectativa generalizada de como se sairá o seu Peter Parker !

Já o personagem de Sean Parker não poderia encontrar um ator mais a vontade do que o surpreendente Justin Timberlake. O pseudovilão do filme, ponto de discórdia entre Mark e Eduardo, é a terceira perna deste vigoroso tripé que fez do Facebook a realidade estrondosa de hoje. Justin incorpora a egolatria e a ambição do jovem mais velho da história, calcado em suas experiências com a Napster e a Plaxo. Um certo desequilíbrio pincela o caráter deste descolado empreendedor que sequer entrou em qualquer universidade e tanto tem a ensinar a dupla nerd recém "debutada" na dura e competitiva realidade do Vale do Silício. Sem dúvida alguma Justin Timberlake se sai muito melhor ator do que cantor. Faz um Sean Parker sedutor, inteligente e ardioloso, além de um determinado empreendedor com fraco por Lolitas e pela boa vida proporcionada pelo dinheiro e influência. Tem toda pinta de indicação para o Oscar de ator coadjuvante...

"You must really hate the Winklevosses. " ["Você deve realmente odiar os Winklevosses."- Marylin Delpy]
"I don't hate anybody. The "Winklevii" aren't suing me for intellectual property theft. They're suing me because for the first time in their lives, things didn't go exactly the way they were supposed to for them. " ["Eu não odeio ninguém. Os Winklevosses não estão me processando por roubo de propriedade intelectual. Estão me processando porque pela primeira vez na vida deles, as coisas não estão saindo exatamente da maneira como deveriam acontecer para eles."- Mark Zuckerberg]

Algumas curiosidades do filme: A produção do filme estimada em 50 milhões de obamas faturou até o início de dezembro quase o dobro do seu custo somente nos EUA ! Justin Timberlake foi o único ator a se encontrar com o seu personagem, Sean Parker. Entretanto, segundo Sean, nada haveria a aprender já que a caracterização efetuada nada tinha de semelhança com ele. A cena inicial no bar entre Jesse Eisenberg e Rooney Mara teve 99 takes para as oito páginas do roteiro. Durante as cenas com os advogados das partes litigantes, é mencionado que o Facebook "é o maior acontecimento do campus que inclui 19 premiados com o Nobel, 15 ganhadores do Prêmio Pulitzer, 2 futuros atletas olímpicos e uma estrela do cinema". A estrela de cinema não informada no filme é Natalie Portman que frequentou Harvard entre 1999 e 2003, e forneceu subsídios a Aaron Sorkin sobre a vida universitária no campus.

"What are you doing ? " ["O quê você está fazendo ?" - Marylin Delpy]
"Checking in to see how it's going in Bosnia. " ["Checando como as coisas estão indo na Bósnia. " - Mark Zuckerberg]
"Bosnia. They don't have roads, but they have Facebook. " ["Bósna. Eles não têm ruas, mas têm Facebook" - Marylin Delpy]



The Social Network é um grande filme de um diretor que sabe o que quer e aonde quer chegar, brilhante e autorial. Fico de pé e tiro o meu chapéu para David Fincher !

Ao ler Bilionários por Acaso de Ben Mezrich, correto, fluido e divertido, mas não inesquecível, me dou conta da importância de um bom roteiro dentro de qualquer projeto cinematográfico. Diria até que o resultado da produção é determinado pelas idéias claras do roteirista, seus diálogos e composição dos personagens. Material consistente e substancial para que um talentoso diretor possa transformá-lo em uma realização significativa. Aaron Sorkin fez um magnífico trabalho neste roteiro excepcional que capta a essência da história ainda por ser concluída e transmite a densidade e as sutilezas de um assunto tão atual.

Prestem atenção a trilha sonora que inclui The White Stripes, The Cramps, Dead Kennedys, Bob Marley & The Wailers, Super Furry Animals, The Beatles. Além dos clássicos George Frideric Handel e Edvard Grieg.

"Money or the ability to make it doesn't impress anybody around here." ["Dinheiro ou a habilidade de fazer dinheiro não impressiona ninguém por aqui." - Mark Zuckerberg]



"Your best friend is suing you for 600 million dollars. " ["Seu melhor amigo está processando você em 600 milhões de dólares."]
"[sarcastically] I didn't know that; tell me more! " ["sarcasticamente - Eu não sabia disso; fale mais a respeito !." - Mark Zuckerberg]

Resumindo:

Se ainda não o fizeram, assistam ao filme urgentemente ! Leiam o livro e curtam as músicas desta produção que talvez seja o melhor filme de 2010 !

Poster do Filme:


Trailer do Filme


Press Conference: The Social Network > Jesse Eisenberg / Andrew Garfield / Justin Timberlake / Aaron Sorkin