quarta-feira, junho 30, 2010

Sherlock Holmes

[2009, Warner Home Video]



A escolha deste título neste momento foi intencional, haja vista que a época [1890] em que se desenrola a estória é a mesma do filme comentado anteriormente, The Wolfman [2010], assim como o local, Londres. Desta forma, é possível ter a visão distinta entre os dois diretores quanto ao tratamento dado à recriação do ambiente, fotografia, figurinos e, principalmente à condução da ação. O leitor azul poderá então comparar estas duas películas, onde os personagens poderiam estar se cruzando em situações concomitantes em uma Londres úmida, embrumada, cinzenta e suja, e ao mesmo tempo reveladora.



A sequência inicial é magistral e mostra a proposta do talentoso diretor Guy Ritchie [RocknRolla, 2009 e Snatch, 2000] de exibir um Sherlock mais fiel ao imaginado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle [1859-1930]. É brilhantemente interpretado por um Robert Downey Jr. empolgado [o playboy Tony Stark de Iron Man 2, 2010 e o impagável Kirk Lazarus de Tropical Thunder, 2008], assim como o seu fiel companheiro, Dr. Watson, inesperado papel atribuído a Jude Law [o volúvel Dan de Close, 2004 e o conquistador de Alfie, 2004].



As estórias escritas por Doyle apresentam o seu lendário personagem Sherlock Holmes [criado em 1887] muito diferente dos filmes hollywoodianos, sobretudo na pele de Basil Rathbone [1892 - 1967] que acostumamos assistir nas reprises vespertinas. Nesta nova produção, Sherlock é um genial investigador de enormes recursos intelectuais, incomparável capacidade de observação e dedução, mas viciado em diversos estimulantes [cocaína, morfina, charutos, cachimbos, etc...], um lutador de obscuros e imundos clubes noturnos de luta, praticante de artes marciais [ba-ritsu, espécie de jiujitsu] e com uma relação afetuosa, no mínimo suspeita, com o seu parceiro Dr. Watson !



A estória apresenta diversas nuances na perseguição de um vilão amedrontador e com cara de conde Drácula, mas com um único dentinho saliente e sexy, Lord Blackwood [Mark Strong, novamente em parceria com Guy Ritchie, RocknRolla, 2009], versado em magia negra e "serial killer" por gosto e profissão. Naturalmente o pedido de ajuda vem de uma ineficaz Scotland Yard [de novo !] na pessoa do inspetor Lestrade [Eddie Marsan, o assaltante Red de Hancock, 2008]. Sherlock, ajudado por seu notório parceiro, médico, soldado condecorado e jogador, Dr. Watson, se envolve em uma trama onde aparece uma fraternidade secreta ambiciosa, uma inesquecível Irene Adler [Rachel McAdams, State of Play, 2009] e o seu arquiinimigo misterioso e ardiloso, Professor Moriarty. Na caça ao nobre do mal, cheio de emoções e reviravoltas, são mostradas as tiradas argutas e cheias de ironia cáustica, em forma de duelo, entre os dois protagonistas, além dos recursos físicos [muita ação e pancadaria !] e intelectuais [geniais, mas.... improváveis], além de disfarces improvisados. O ciúme declarado de Sherlock para com a noiva de seu amigo, Mary Morstan [Kelly Reilly, Pride and Prejudice, 2005], e a iminente perda do amigo de moradia é escandaloso e permeia toda a estória ! A relação intempestuosa e desconfiada com a perigosíssima e dúbia Irene Adler [que aparece em um único conto de Doyle, Um Escândalo na Boêmia] é um dos pontos mais altos do filme ! A faceta inventiva do detetive também é realçada através de cenas divertidas com seus experimentos pioneiros: silenciador de pistolas, anestésicos [vitimando o bonachão cão Gladstone - preste atenção !] e a ordenação do caos através de acordes de violino submetidos às moscas aprisionadas... um delírio ! Ou seja, todos os componentes de uma estória envolvente estão presentes graças ao ótimo roteiro de Michael R. Johnson e Anthony Peckhan.



Algumas curiosidades por trás dos bastidores: estava cotado para a dupla de heróis, Sam Worthington [o bom moço Jake Sully de Avatar, 2009] no lugar do renascido e talentoso Robert Downey Jr. e Colin Farrel [Sonny Crockett de Miami Vice, 2006] como o atlético Dr. Watson. O set de filmagem da casa de Sherlock, na famosa Baker Street, 221 B - City of Westminster, foi usada previamente como a residência de Sirius Black [Gary Oldman] no filme Harry Potter and the Order of the Phoenix [2007]. Na cena de tiros de pistola na parede por Sherlock no início do filme, as letras VR significam Victoria Regina, monograma da realeza, referindo-se a era vitoriana, época onde se passa a estória. Na película não aparece o famoso chapéu do detetive [que não é um atributo do personagem literário...] e nem a famosa expressão "Elementar, meu caro Watson !" que nos contos de Doyle aparecem desmembradas e nunca no formato renomado.



O diretor Guy Ritchie, personalíssimo, com suas tomadas rápidas, câmera nervosa, sequências recontadas e com a grande sacada da antecipação das fraquezas dos oponentes nas lutas de Sherlock [denominado de "Sherlock-o-Vision"], consegue inovar, ressuscitando a dupla de detetives mais famosa do século XIX com muita diversão, humor e ação na pele dos carismáticos Robert Downey Jr. [simplesmente perfeito !] e Jude Law. Estamos no aguardo da esperada sequência desta franquia, que já é um sucesso de público e crítica ! Um filmaço !

A edição analisada é uma marmita alemã caprichada com artes externa e interna irretocáveis. Acompanha uma "camisinha" de proteção, tipo de "luva" transparente que se sobrepões à lata compondo um grafismo muito elegante e bonito. Áudio & Legendas em Pt-Pt. A edição é recheada de extras muito bacanas, com ênfase ao "Maxim Movie Mode" que permite a apresentação do filme pelo diretor lançando mão de recursos interativos, tais como "Focus Points", "PiP", "Walk-ons" e "Storyboards".



A imagem do filme em BD é soberba e não há quaisquer comentários que possam comprometer a belíssima fotografia de Philippe Rousselot [Constantine, 2005]. Um primor em cores pastéis requintadas, jogos de claro-escuro muito similar às pinturas do século XIX. Texturas corretas, cor de pele natural, pretos profundos e sombras convincentes. Gostei realmente da imagem desta bolacha azul. Atenção especial para as cenas externas da cidade londrina, o rio Tâmisa e a Ponte de Londres, o Parlamento inglês. A Warner está de parabéns ! Recomendo aos leitores uma comparação cuidadosa com a bolacha do The Wolfman. O áudio é bastante consistente, claro e vívido. O andar das carruagens e seus cavalos, os ruídos da rua, explosões, lutas e diálogos são reproduzidos em DTS-HD MA 5.1 de forma impactante. Especial atenção para a voz do Lord Blackwood que passeia pelas surrounds pronto a pegá-lo pelas costas ! Trilha sonora envolvente do premiado Hans Zimmer [The Dark Knight, 2008] com música tema que o fará se lembrar por muito tempo. Imperdível !



Avaliação:

- Estória: 4/5
- Imagem: 4/5
- Áudio: 4/5
- Edição: 5/5

Ficha Técnica:

- Filme:

. Vídeo: 1080p High-Definiton 16 x 9, 1.78:1
. Áudio: English DTS-HD MA 5.1, English Audio Description Track 2.0, French, Italian, German, Spanish, Dolby Digital 5.1
. Legendas: English SDH, French, Italian, German, Spanish, Danish, Finnish, Norwegian, Portuguese, Swedish
. Região: A, B, C
. Capacidade do Disco: 50 GB
. Video-Codec: VC-1
. Duração: 128 minutos

- Extras:
. Maxim Movie Mode / Drawnbridges & Dollies: Designing a Late Victorian London / Not a Deerstalker Cap in Sight / Ba-ritsu: A Tutorial / Elementary English: Perfecting Sherlock's Accent / The One that Got Away / Powers of Observation & Deduction / The Sherlockians / Future Past / Sherlock Holmes: Reinvented / BD Live
. Vídeo: vários
. Áudio: vários
. Legendas: English, French, Italian, German, Spanish, Nederlandish

Fotos da Edição:














segunda-feira, junho 28, 2010

The Wolfman

[2010, Universal Studios]



Sou vidrado nestes personagens sombrios e amaldiçoados que povoam a nossa imaginação desde sempre ! Criaturas sofredoras alvinegras que carregam involuntariamente um destino cruel a ser alimentado diariamente com vidas inocentes e alheias.... Quando encomendei em pre order a marmita deste peludão fiquei ansioso para conferir, um pouco receoso de que a nossa querida Universal tivesse assassinado com bala de prata este lançamento azul. Felizmente as imagens mostradas de uma Londres e arredores de 1891 são soberbas e se tornam um personagem importante na narrativa da estória, cinzenta e opressiva.



A estória é simples e esperada, sem novidades palatáveis em filmes do gênero, ainda mais sendo uma refilmagem da película de 1941 [The Wolf Man], com anabolizantes tecnológicos e uma interpretação repaginada do trio de protagonistas. Lawrence Talbot [Benicio del Toro, o temeroso Jackie Boy de Sin City, 2005], é um ator sheakespeariano de sucesso que se depara com a notícia do desaparecimento de seu irmão através da visita inesperada de sua futura cunhada Gwen Conliffe [Emily Blunt, a Emily Chalton de ,2006 ]. Após hesitação inicial, causada pelos conflitos com seu estranho e distante pai [Anthony Hopkins, o marcante e diabólico Dr. Hannibal Lecter de The Silence of the Lambs, 1991], resultado da morte misteriosa de sua mãe, parte para a sua cidade natal, Blackmoor, em busca de seu querido irmão. Aguarda-o, porém, o destino peludo por trás das luas cheias, impondo-lhe uma transformação dolorosa e amaldiçoada, além de um amor inesperado.

Comparando com The Wolf Man [1941]:


Atenção especial para a participacão notória de Geraldine Chaplin [Cría Cuervos, 1976 e Ana y los Lobos, 1973] envelhecida como Maleva, uma sábia cigana também envelhecida ! Outra participação especial é a do eterno Agente Smith, Hugo Weaving [a voz marcante de Megatron, Transformers, 2007] sem as orelhas pontudas do Cacique Elfo de olhar severo, como o sagaz inspetor Aberline da Scotland Yard [sempre há merchandise das agências de investigação: FBI, MI5, Scotland Yard....] que aos poucos vai encaixando as peças de um grotesco quebra-cabeças irracional, antecipado por nós, no decorrer da obviedade da linha narrativa. As cenas de metamorfose são as mais impressionantes de todo o filme e bem conduzidas pelo mago dos efeitos especiais Rick Baker [lembram-se de Um Lobisomem Americano em Londres ?]. Mais condizente e convincentes são as cenas noturnas de perseguição na floresta, vila cigana e nas ruas londrinas fielmente recriadas, além dos cuidadosos figurinos e da iluminação, sempre difusa, ressaltando a majestade da lua cheia nas noites terríveis e esperadas !



Dirigido por um burocrático Joe Johnston [Jumanju, 1995 e Jurassik Park 3, 2001] que disponibiliza no disco azul dois finais alternativos e escrito pelo pouco inspirado Andrew Kevin Walker [de Se7en, 1995 - este sim, um roteiraço !], The Wolfman é um filme para amantes do gênero que ficam entre a moderna franquia Underworld [com as babantes Kate Backinsale e Rhona Mitra, Van HelsingThe Wolf Man com o alcoolico e especialista em filmes de terror Lon Chaney Jr. e dirigido por George Waggner em 1941.

A atuação sempre surpreendente de Benicio del Toro fazendo um lobisomem "cool" atormentado pelo passado é um ponto positivo. Anthony Hopkins, sempre correto, parece que deixou se levar, engatado no "automático" e a bela Emily Blunt dá o toque romântico ao folhetim licantrópico !



A edição analisada é inglesa e veio em uma bela marmita [Steelbook]. Apesar de ser da Universal, a imagem é impressionante, próximo da referência. Em tons azuis embrumadas envolvendo o cenário gótico londrino e de Blackmoor . É um presentaço para os amantes de uma boa produção com alta qualidade de imagem e sem filtros aparentes. O áudio acompanha o nível da imagem, do sutil ao impactante. As surrounds e o subwoofer são bem acionados a ponto de envolvê-lo nesta trama bem conhecida. Contribui muito a trilha sonora de Danny Elfman. Ponto para a Universal ! Possui a versão para o cinema e a estendida com 16 minutos a mais de filme. Vejam as fotos abaixo.



Avaliação:
. Estória: 3/5
. Imagem: 4/5
. Áudio: 4/5
. Edição: 4/5

Ficha Técnica:

- Filme: Original Theatrical Version + Extended Director's Cut
. Vídeo: 1080p High-Definiton Widescreen 1.85:1
. Áudio: English DTS-HD MA 5.1, English Audio Description Track 2.0, French, Italian, German, Spanish, Japanese DTS Surround 5.1
. Legendas: English SDH, French, Italian, German, Spanish, Japanese, Cantonese, Danish, Finnish, Korean, Norwegian, Portuguese, Swedish, Traditional Mandarin
. Região: A, B, C
. Capacidade do Disco: 50 GB
. Video-Codec: MPEG-4/AVC
. Duração: 119 minutos

- Extras:
. Alternate Endings [HD] / Deleted Scenes [HD] / Featurettes [HD] / U-Control / BD Live
. Vídeo: 1080p High-Definiton Widescreen 1.85:1
. Áudio: English Dolby Digital 2.0
. Legendas: English SDH, French, Italian, German, Spanish, Japanese, Cantonese, Danish, Finnish, Korean, Norwegian, Portuguese, Swedish, Traditional Mandarin

Fotos da Edição:








segunda-feira, junho 21, 2010

Surrogates

[2009, Walt Disney Studios Home Entertainment]



Toda vez que vejo um filme protagonizado pelo Bruce Willis preparo de antemão os meus mais profundos agradecimentos por salvar a mim e ao restante da humanidade das forças do mal ! Nesta produção dirigida pelo Jonathan Mostow [Terminator 3 - Rise of the Machines, 2003], meu amigo Bruce, ou melhor, o agente Tom Greer do FBI [da era pós Mulder] vive em um futuro não muito distante [é sempre assim, ameaçador, terrível e "não muito distante" !], onde a interação do dia a dia entre as pessoas é feita através dos seus surrogates [ou substitutos no equivalente nacional...], espécie de avatares robóticos, comandados à distância pelos seres humanos, seus "operadores". Paralelo encontrado no filme de James Cameron, onde os Avatares são orgânicos, resultado da miscigenação de DNA humano e Na'vi. Entretanto, o mecanismo de controle é similar, menos sofisticado, é verdade, mas ainda funcional.

Naturalmente, os surrogates são mais fortes, bonitos, gostosos e estilosos, diferentemente dos seus imperfeitos operadores, que na segurança de seus lares, longe dos perigos da vida moderna, interagem em um mundo virtual e esquizóide. Com direito a flertes, relacionamentos profissionais e amorosos, e estimulantes sensoriais. O argumento de partida é muito instigante e inspirador para a geração nerd e de otakus que se sentem mais à vontade por trás do trio teclado + mouse + monitor, travestido de avatares fantasiosos que lhe proporcionam a falsa segurança de uma relação virtual.



Há, é claro, guetos de comunidades naturebas contra o uso de surrogates, onde qualquer componente robótico é banido e combatido. Há também o jogo político, as ações corporativas, o idealismo combinado com as afeições mais puras e íntimas do ser humano. A estória em si poderia ser melhor desenvolvida e é de rápida digestão, mas nos faz pensar em um futuro possível e alternativo.

Encontramos um Bruce Willis envelhecido, contido, cansado até ! Desta vez tentando passar emoções ao invés de quebrar tudo e atirar em todos ! O contraponto interessante ao agente Greer é a sua esposa, Maggie [a deliciosa inglesa Rosamund Pike, a Mirand Frost de Die Another Day, 2002] e a sua solidão por trás de uma exuberante surrogate, exteriorização mecanizada de sua vida familiar mal resolvida. A australiana balzaca Radha Mitchell [Melinda and Melinda, 2004] é a agente Peters, parceira de Greer, que completa o trio principal. Os protagonistas são ainda suportados pelo ótimo James Cromwell [o Capitão Stacy de Spiderman 3, 2007] e Ving Rhames [o Luther de Mission Impossible 3, 2006].



Galera Compulsiva Azul, este filme de 2009 é baseado em uma História em Quadrinhos, The Surrogates [2005 - 2006], publicada em cinco edições e de autoria de Robert Venditi e Brett Weldele. Há uma sequência da estória publicada em 2009 com o nome de The Surrogates: Flesh and Bone. A coisa mais interessante sobre estes fatos é que o escritor Venditi se inspirou após ler inúmeros relatos de pessoas que perderam os seus empregos, ou até mesmo maridos e esposas para o vício da internet, onde passavam horas e horas à frente de seus micros por intermédio de seus avatares e nicks ! Daí o estalo: e se tivéssemos alguém ou algo que fizesse as coisas do dia a dia na vida real ?



Imagem & áudio excelentes para o padrão BD. Digno de nota que, por opção estética, os surrogates aparecem com cor de pele um pouco mais "limpa", diferenciada dos seus "operadores". Cores corretas e detalhadas dentro da expectativa de um vídeo HD e fotografado de forma soberba por Oliver Wood . O áudio é espetacular em DTS-HD Master Audio 5.1 com diálogos claros e precisos e impressionantes efeitos sonoros de explosões, tiros e voos razantes de helicópteros nas cenas de ação. Tudo que se espera para valorizar o uso das caixas do seu HT e impressionar as visitas ! É um excelente divertimento para as tardes de domingo com a família ! A edição avaliada foi comprada em Hong Kong com legendas e áudio em Pt-Br.



Avaliação:
. Estória: 2,5/5
. Imagem: 4/5
. Áudio: 4/5
. Edição: 2,5/5

Ficha Técnica:

Filme:
. Video: 1080p HIgh-Definition / 2.40:1
. Áudio: English DTS-HD & Thai, Spanish, Portuguese Dolby 5.1
. Legendas: English ESL, Thai, Traditional Chinese, Bahasa, Malay, Korean, Simplified Chinese, Spanish, Portuguese

Extras:
> Deleted Scenes / A More Perfect You: The Science of Surrogates / Breaking the Frame: A Graphic Novel Comes to Life / "I Will not Bow"Music Video by Breaking Benjamin / Feature Audio: Commentary By Director Jonathan Mostow

segunda-feira, junho 14, 2010

Zombieland

[2009, Sony Pictures Home Entertainment]



O roteiro deste filme foi inicialmente escrito para ser o piloto de uma série televisiva. Depois que idéia foi aprovada para ser um filme foi retrabalhada e garibada até chegar a produção final. Americano em toda a sua essência, o filme é dirigido por Ruben Fleischer e escrito pela dupla Rhet Reese e Paul Wernick. É um filme bastante interessante, particularmente para os fãs de zumbis, explorados em todos os sentidos, graças ao pioneirismo do diretor Silvio Romero [Night of the Living Dead, 1968].



A sequência inicial do filme, contada em primeira pessoa pelo protagonista, é hilária e resume todas as características destas criaturas amaldiçoadas. Poderia se dizer que o filme todo é uma apresentação de situações zumbianas amarradas por um grupo de sobreviventes solitários que se encontram na costa oeste americana cercado de entediantes e feiozos zumbis. Como não se trata de um filme de terror que se leva a sério, a estória passa um sentimento bem humorado, meio "sem destino", vivendo cada dia de cada vez e convivendo com lembranças, às vezes dolorosas. Digna de menção é a participação marcante e engraçadíssima do grandalhão Bill Murray e às referências ao clássico Ghostbusters [1984].



O maior mérito do filme é não se levar a sério, uma sátira qualificada e uma homenagem aos devoradores de carne humana. Woody Herrelson está muito à vontade nesta película e traz algumas características do personagem hippie, desvairado e profeta de 2012. A sua perseverante busca por Twinkies é algo comparável a Parsifal com o seu santo Graal. Presente também a garotinha Abigail Breslin [Little Miss Sunshine, 2006] que está crescendo e mostra qualidades em sua atuação.

A imagem & áudio não comprometem a produção e não chamam a atenção do telespectador para alguma imperfeição mais acentuada. Diversão pura na linha de Hangover, 2009 - petisco certo com muita Pipoca & Guaraná ! A edição do filme comentada é um SB alemão que possui uma embalagem caprichada com arte externa brilhante, realmente muito bonita. Apenas um disco, região Free, mas sem legendas Pt. Devido ao estrondoso sucesso [60,8 milhões de dólares em 17 dias !], em pré produção, Zombieland 2 [2011] !



Avaliação:
. Estória: 3.5/5
. Imagem: 4/5
. Áudio: 4/5
. Edição: 4/5

Ficha Técnica:

Disco:
. Região: A,B,C
. Capacidade do Disco: 50 GB
. Video-Codec: MPEG-4/AVC
. Duração: 88 minutos

Filme:
. Video: 1080p HIgh-Definition 16:9 - 1.77:1
. Áudio: English DTS-HD Master Audio 5.1, German DTS-HD Master Audio 5.1
. Legendas: English, German, Turkish

Extras:
> "Beyond the Graveyard" Behind-the-Scenes Picture-in-Picture Track / Deleted Scenes / Commentary with Actors Woody Harrelson & Jesse Eisenberg, Director Ruben Fleischer, Writers Rhett Reese & Paul Wernick / Go Behind-the-Scenes with "In Search of Zombieland" /"Zombieland is Your Land" - The Zombification of the United States / Visual Effects Progression Scenes / Theatrical Promo Trailers

Fotos: