terça-feira, julho 27, 2010

The Book of Eli

Sugestão Azul: The Book of Eli! Alguns matarão para obtê-lo. Ele matará para protegê-lo.

Candidato à filme Cult, atuações de Denzel Washington / Gary Oldman, fotografia e trilha sonora são destaques !



The Book of Eli

2010 [Sony Pictures]

"As pessoas tinham mais do que precisavam. Não tínhamos idéia do que era precioso, e do que não era. Jogávamos fora coisas, que hoje em dia, as pessoas se matam para obtê-las."



Filme que irá certamente agitar os amantes de estórias pós-apocalípticas filmadas em cenários inóspitos e centradas na figura de um andarilho solitário incumbido de uma missão sagrada. Com todos os pré-requisitos para se tornar um filme "cult" devido à temática e à abordagem incomum de um personagem carismático com características marcantes, a exemplo de grandes heróis dos quadrinhos e da grande tela.

Grande vedete em seu lançamento em março deste ano, The Book of Eli segue o caminho aberto por clássicos "keep walking" solitários e poeirentos como Mad Max [George Miller, 1979], o mais recente I am Legend [Francis Lawrence, 2007], Terminator Salvation [McG, 2009] e as animações Wall-e [Andrew Stanton, 2008] e #9 [2009, Shane Acker]. Todos exemplos pós-cataclismas de um planeta devastado. Entretanto, não teve uma passagem estrondosa nas telonas por onde passou e não entusiasmou a crítica mundial.



Denzel Washington [Frank Lucas de American Gangster, 2007] na pele do protagonista Eli, é um sobrevivente do mundo "de antes" do flash que há "trinta invernos" dizimou os EUA, possivelmente resultado de uma hecatombe nuclear. Através de um chamado místico após o desastre atômico é incumbido de proteger e levar "o" livro para o Oeste, para um lugar seguro, onde devidamente apreciado se converterá em instrumento para o resgate da humanidade. Caminhando incansavelmente por outrora cidades opulentas se depara com os restos de uma civilização conhecida, agora transformada em caos e desolação. Diariamente lê o único livro que carrega e protege com obstinação. Com a sua surrada mochila, um facão descomunal ["peixeira" estilosa e cool], uma espingarda e um óculos de sol enfrenta a ausência de água e comida, as armadilhas de grupos bandoleiros, o desconhecido. Na sua solitária jornada sobrevive caçando pequenos animais e procurando todo tipo de objetos, que poderão ser trocados por água e suprimentos em pequenos vilarejos pelo caminho.



A todo missionário do bem se defronta um oponente do mal, sagaz e poderoso, que na figura do personagem Carnegie [Gary Oldman, o comissário Gordon de The Dark Knight, 2008], se obsedia com a posse do livro ambicionando o poder supremo. Explica-se: o tal livro teria o poder de se fazer ouvir, com as suas palavras, entre as pessoas simples, tornando-as instrumentos para a construção de um novo império sob a batuta do seu condutor.

"Thank you lord for a warm bed to sleep on, thank you for the food we are about to eat, thank you for a roof over our heads on cold nights such as this, thank you for companionship in hard times like these, Amen." [Eli]

Em uma cidadela dominada pelo mafioso Carnegie, que comanda um bando de vândalos regados à muito álcool e mulheres [claro ! só faltou rock'n'roll !], o encontro fortuito entre os dois protagonistas acontece. Neste episódio conhece a bela Solara [Mila Kunis, That '70s Show, 1998-2006], enteada de Carnegie, e que juntos, foragidos, serão perseguidos pelas garras brutais de seus inimigos torpes para a obtenção do livro.



A estória, simplória até, com roteiro do estreante Gary Whitta, é contada de forma magnífica pelos diretores e irmãos Albert e Allen Hughes [From Hell,2001]. As estrelas máximas desta produção, até modesta para os padrões hollyoodianos [80 milhões de obamas !], são indubitavelmente o ator Denzel Washington [The Taking of Pelham 1 2 3, 2009], a estupenda fotografia de Dom Burguess [Terminator 3: Rise of the Machines, 2003], e a trilha sonora de Atticus Ross [Twilight, 2008] com inserções surpreendentes de canções como "How Can You Mend A Broken Heart" [dos Bee Gees, interpretado por Al Green] e "Ring My Bell" [na voz de Anita Ward].



A sequência inicial é impactante e de uma apelo visual impressionante. Com fotografia esverdeada já posiciona o taradinho azul em uma realidade diferenciada com flocos indistintos de folhas que caem como uma chuva fina contínua [lembrando o ambiente da cena de duelo em Kill Bill I entre O-Ren Ishii e a Noiva !] entrecortada pela respiração ofegante de um caçador mascarado à espreita de sua vítima. Reparem na trilha sonora soberba ! Acompanha um sensação de desamparo, solidão e desesperança, prenunciando uma existência árdua e determinada de nosso herói no decorrer do filme.

A película toda é apresentada com cores dessaturadas com tonalidades sépias azuladas, belíssimas, que dialogam com a aridez do cenário em que o caminhante trafega, grandes áreas empoeiradas e devastadas. Dá para sentir os lábios secos, a pele ressecada, o calor torturante e o cansaço de protagonista peregrino. O azul do céu e as nuvens que se transformam continuamente em um horizonte longínquo e solitário possuem um papel preponderante na ambientação da trama e o leitor azul poderá reparar com atenção neste detalhe.



Há sequências inteiras que lembram Tarantino [1963- ], não apenas nas cenas de lutas marciais, coreografadas com plasticidade ímpar pelo mago Jeff Yamada [Iron Man 2, 2010, The Bourne Ultimatum, 2007 e tantos outros], discípulo do filipino Dan Inosanto [aluno de Bruce Lee], mas também de ironias e comicidade mundana. Atentem para a cena divertidíssima do casal George [Maichael Gambon, o Professor Albus Dumbledore da franquia Harry Potter] e Martha [Frances de la Tour, a Madame Olympe Maxime de Harry Potter and the Goblet of Fire, 2005] e da participação, sempre inusitada, do cantor e compositor Tom Waits [Coffee and Cigarettes, 2003]. A eterna Jennifer Beals de Flashdance [1983] está presente como Claudia, cega e mãe de Solara, companheira de Carnegie, que é responsável pelos momentos ternos de esperança. A desmiolada Jackie Burkhart do cultuado e divertido That '70s Show, a atriz Mila Kunis, tem a sua atuação bastante contestada, pois parece deslocada e um pouco assustada por atuar junto a gigantes da arena cinematográfica como Washington e Oldman. A sua Solara é apagada e embaçada na minha opinião.

Mas, novamente o filme é do astro Denzel Washington ! Que retorna à tela grande, e agora em azul hidef, depois do Sequestro do Metrô 1 2 3 [2009, Tony Scott], aqui, visivelmente mais magro e "sarado", encara o desafio das lutas com agilidade e propriedade admiráveis. Nos extras ficamos sabendo que o aprendizado com o coordenador de stunts, mestre Yamada, que Denzel dispensou dublês em todas as suas cenas e com rapidez inesperada aprendeu a complexa coreografia das inúmeras lutas requisitadas pelo roteiro. Para se ter uma idéia, a cena de luta com os bandoleiros em um túnel foi realizada em uma única tomada ! Além da ação, Denzel empresta uma dignidade convincente ao personagem determinado e incorruptível na sua fé. Como seu oposto, o grande Gary Oldman personifica um Carnegie astuto, irônico e visionário. Porém, como todo ditador é facistóide e violento em seus desvairios de poder. Há uma contínua degradação física e mental no personagem que o ator sustenta de forma dramática.

Um filme com fotografia belíssima, produção caprichada, atuações seguras e uma trilha sonora de primeira ! Boa diversão, com certeza !



A bolacha azul analisada veio dentro de uma marmita canadense [equivalente à amaray americana], encontrável na FutureShop ou e-bay, com fantásticas impressões externa e interna, duas bolachas [BD + DVD]. Uma edição caprichada, uma das mais belas NMHO, que vai ser motivo de muito orgulho na prateleira de qualquer colecionador. Não dispõe de áudio e legenda em português !

Galera BDista, pode-se discutir a veracidade da estória, a escolha dos atores, o merchandise explícito e extenso, mas não a estupenda imagem desta bolacha azul ! A fotografia é deslumbrante e tudo é tão detalhado e real que faz parecer que a platéia está suando sedenta ao lado de Eli. O leitor azul mais detalhista pode contar os buracos, as pedrinhas ao largo no caminho do andarilho, pode sentir a textura dos materiais, a aridez do clima pós-apocaliptico, beber a água preciosa. Tudo está lá, pronto para ser tocado ! Céus escandalosos, pretos fantasmagóricos de profundos, contraste, cores pastéis.... uma aula de imagem em alta definição ! De babar e se embasbacar !



O áudio é de fundamental importância neste filme. Quando Blu-ray News esteve na sede da ETC Filmes, empresa especializada na autoração de bolachas azuis, Clayton Douglas fez os seguintes comentários sobre a trilha sonora de "O Livro de Eli":

"No filme O Livro de Eli, a trilha sonora é ponto fundamental da obra, principalmente no que diz respeito a percepção do personagem, a todos os ruídos, barulhos e etc que venham do externo. Alguns exemplos de cenas onde o áudio é ponto-chave no comportamento do personagem:

- Primeira cena em que o gato-do-mato se aproxima, os sons dos movimentos dele são bem exagerados na mixagem, ou seja, dando a entender que aquela movimentação é parte importante da cena. Numa mixagem normal o som dos movimentos do gato seria mais um em meio a trilha sonora, floresta, etc.

- Falando em trilha sonora, a primeira música que ele ouve na cabana, How Can You Mend A Broken Heart dos Bee Gees, tem uma frase interessante (I could never see tomorrow, I was never told about the sorrow) - “Eu nunca conseguia ver o amanhã...Nunca me falaram sobre o sofrimento...”

- A Cena da briga com os seqüestradores é interessante, pois o Eli leva-os para dentro da ponte, ou seja, um local, por ser fechado, onde ele poderá ouvir melhor os movimentos deles durante a briga.

E em vários outros momentos, nas cenas de tiroteiro onde sempre os tiros passam com volume muito exagerado próximo ao Eli."




Avaliação:
. Estória: 4/5
. Imagem: 5/5
. Áudio: 5/5
. Edição: 4.5/5

Ficha Técnica:
. Vídeo
Video codec: VC-1
Video resolution: 1080p
Aspect ratio: 2.39:1
Original aspect ratio: 2.39:1
Data de Lançamento BD: 15/06/2010

. Áudio
Inglês: DTS-HD Master Audio 5.1, Francês, Espanhol: Dolby Digital 5.1

. Legendas:
Alemão, Francês, Inglês

. Disco:
Capacidade: 50GB Blu-ray Disc / Two-disc set (1 BD / 1 DVD)
Região: ABC
Duração: 118 minutos

. Extras:
Maximum Movie Mode: 40 minutes of picture-in-picture commentary with Denzel Washington and the Hughes Brothers, and 10 Focus Points / Additional scenes / A Lost Tale: Billy--animated short covering Carnegie's backstory / Starting Over: Explore the role we might play in reshaping society after a global catastrophe / Soundtrack: Co-director Allen Hughes and composer Atticus Ross compare notes about the soundtrack's construction and deconstruction / Eli's Journey: Probe the historical and mythological roots of the film's central themes

Fotos da Edição:









terça-feira, julho 20, 2010

Saving Private Ryan

Sugestão Azul: O Soldado Enlatado Ryan Alemão !

Confira esta nova edição em blu-ray deste grande filme da dupla Spielberg/Hanks ! Bolacha com imagem & áudio referência !



Saving Private Ryan

2010 [Paramount Pictures]

Apesar do filme ter sido lançado comercialmente em 1998, merece estes comentários em função da belíssima edição desta bolacha azul que chegou às lojas alemãs em maio deste ano. Um genuíno Steven Spielberg [1946- ], bastante inspirado, obviamente americanóide, mas sem a infantilidade e tentações espaciais equivocadas realizadas, por exemplo, em Artificial Intelligence: A.I.[2001] e no último Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull [2008], que sinceramente, ansiava por finais distintos ou encurtados poupando-nos de cenas bisonhas e constrangedoras.

Na época do seu lançamento, "O Resgate do Soldado Ryan" foi muito comentado pelas cenas realistas de batalha e por ser inspirado em fatos reais. Um filmaço que faturou cinco Oscars [Melhor Diretor, inclusive!] e dois Globos de Ouro [Melhor Filme e Direção] e está inclusa entre as cincoenta maiores bilheterias do cinema !



A estória se passa durante os episódios decisivos da cruel 2a. Grande Guerra, relembrados e recontados por um ex-combatente, agora envelhecido e com sua família, durante visita em homenagem aos soldados mortos em um cemitério militar. Após o desembarque na Praia de Omaha, Normandia, no Dia D [06/06/1944], objetivando a liberação da França ocupada pelos alemães e marchar rumo à Berlim, o capitão John H. Miller [Tom Hanks, Cast Away, 2000] e os seus homens recebem a missão de encontrar e enviar para casa o paraquedista James Francis Ryan [Matt Damon, o capitão dos Springboks, François Piennar, de Invictus, 2009], pertencente à Companhia 101 do 506o. Regimento, que saltou em local equivocado e pode estar em qualquer lugar do solo francês, ou mesmo morto. A razão deste privilégio, vindo em formato de despacho do alto comando militar americano, é a morte de seus três irmãos mais velhos durante o conflito [KIA - "Killed in Action"].



Enquanto o pelotão liderado pelo Capitão Miller adentra as terras francesas no encalço do paraquedista, a questão fundamental se levanta: a vida de um vale o risco de outras oito ? A vida de um soldado é mais valiosa do que a vida de outro ? O que é preponderante, a missão ou a autopreservação ? Grupo ou indivíduo ? Tudo isso me faz lembrar a famosa fala: "Because the needs of the one... outweigh the needs of the many"[ Porque a necessidade de um..... prevalece sobre as de muitos][Jim Kirk em Star Trek III: The Search for Spock, 1984].



Após inúmeros contratempos [afinal é um filme de guerra !], o pelotão encontra o soldado Ryan e o que resta de sua unidade, especialista em defender objetivos e pontos estratégicos. Ao saber da notícia de seus irmãos e a sua liberação de suas obrigações militares, Ryan se recusa a abandonar os seus companheiros, bem como a missão de proteger "a qualquer custo" a ponte do vilarejo Ramelle até a chegada do reforço aliado.

Entre não concluir a missão e proteger a ponte da chegada dos alemães, o Capitão Miller decide ficar e se juntar ao pequeno grupo de paraquedistas e enfrentar a unidade de blindados alemã escoltados por tanques Tiger e cincoenta germânicos ensandecidos.

A batalha que se segue é espetacular, com todos os ingredientes de um grande filme de guerra, abrangendo astúcia, coragem, medo e desespero. É a busca frenética por uma ínfima decência em meio ao caos generalizado da irracionalidade humana em seu mais baixo e degradante grau.

Ao final da estória a redenção com a chegada das valquírias salvadoras com os seus P-51 Mustangs rasgando os céus e exterminando o mal. A fala final é antológica e permanece em nossas mentes embevecidas: "James... earn this. Earn it." [Faça por merecer !]



As cenas do desembarque do 2o. Batalhão Ranger, sob comando do Capitão Miller, no início do filme são inesquecíveis e por demais, impressionantes ! São trinta minutos de horror na visão de um combatente que entra em contato com um mundo bárbaro e animal. A crueza das mortes e dilacerações provocadas pelas granadas, metralhadoras, canhões e demais artefatos bélicos, é misturada, de forma magistral, à impotência e aos sentimentos dos soldados incrédulos, ante à morte iminente, estampados em seus rostos, sobretudo em seus olhares. É o resultado de uma direção segura, ousada e madura de um Spielberg inacreditavelmente enxuto ! Junte-se a isso a plasticidade das cenas do nascer do sol durante a caminhada da tropa, os diálogos travados pelos soldados, seus dramas pessoais e a perspectiva sombria que os une, tudo muito azeitado e amarrado sem exageros ou falhas aparentes. Um belo filme realmente ! O clímax da batalha final e heróica é uma das mais emocionantes da história do cinema no tocante aos grandes filmes de guerra.

A atuação de Tom Hanks [Apollo 13, 1995] é arrebatadora e carrega em alto e bom tom os temores, dúvidas e determinação, com muita convicção e maestria, perante o seu pelotão formado por uma equipe de atores conhecidos e de peso: Edward Burns, Tom Sizemore, Giovanni Ribisi, Vin Diesel, Adam Goldberg, Barry Pepper e Jeremy Davies. Matt Damon se junta ao grupo com uma atuação discreta, porém correta. Especial atenção à relação e diálogos entre o capitão e o seu sargento Horvath [Tom Sizemore, Ezra Mann em Good God Bad Dog, 2009], bem como a transformação do cabo Upham [Jeremy Davies, o Daniel Faraday de Lost, 2008-10] durante a trama. Sem falar no contraponto com o soldado "estouradão" Reiben [Edward Burns, Purple Violets, 2007] e os versículos bíblicos recitados antes de cada tiro do atirador de elite, o soldado Jackson [Barry Pepper, o Dean Stanton de Green Mile, 1999].



Mas, o filme é centrado nas habilidades deste grande ator chamado Tom Hanks [1956- ] ! É para se aplaudir de pé ! E pensar que Mr. Hanks atuou em filmes juvenis como Splash [1984] e Big [1988], passando por comédias românticas como Joe Versus The Volcano [1990] e Sleepless in Seattle [1993]... até chegar aos oscarizáveis Philadelphia [1993] e Forrest Gump [1994]. Uma filmografia de respeito, como poucos podem se orgulhar...

Algumas curiosidades por trás dos bastidores: todo o pelotão de atores recebeu treinamento militar intensivo por vários dias, exceção feita à Matt Damon, para que o ressentimento do grupo por ele não ter participado desta etapa duríssima fosse canalizado durante as filmagens. As placas de identificação [Dog Tags] dos soldados mortos lidas pelo Soldado Richard Reiben são todos de amigos do ator Edward Burns. O papel do soldado Ryan foi oferecido inicialmente ao Edward Norton que declinou. Em 2006, Tom Hanks foi agraciado como membro honorário do Hall da Fama dos Rangers das Forças Armadas dos EUA devido à sua atuação como Capitão Miller neste filme.



A bolacha azul analisada veio dentro de uma marmita alemã, difícil de adquirir [em função da primeira edição recolhida por problemas de sincronização de áudio], com belíssima impressão externa, duas bolachas e sem qualquer grafismos interno [simplesmente Lamentável !]. Não dispõe de áudio e legenda em português !

A imagem da edição azul pode decepcionar inicialmente os incautos, pois os tons esmaecidos são intencionais, não há qualquer traço de cores vibrantes ou saturadas, embora sejam sólidas e detalhadas. A opção por cores lavadas é estética feita por Spielberg e Janusz Kaminski [diretor de fotografia] e funciona maravilhosamente bem nesta produção, tornando-se referência no mundo azul ! São impressionantes as imagens realistas do sangue na face do Capitão Miller ao desembarcar na Normandia, ou mesmo os detalhes das diversas armas empregadas, uniformes e capacetes, rostos em close dos protagonistas. Uma pequena amostra é apresentada por meio das fotos desta matéria. Sugiro que o leitor azul perceba os detalhes das diversas texturas se aproximando de sua tela ou mesmo pausando as cenas ! Predominância das cores marrom, verde e cinza passando uma sensação de desconforto. Preto consistente, profundo e envolvente, nunca excessivo ou invasivo. É para apreciar, vendo e revendo incontáveis vezes !



O áudio é algo inimaginável ! O DTS-HD Master Audio 5.1 vai levar o leitor às lágrimas e agradecer o dinheiro gasto com o seu HT ! Você estará literalmente "dentro" da guerra, lado a lado com o Capitão Miller e sua tropa. Uma experiência inesquecível muito próxima ao sentida em uma sala de cinema de primeira linha. Dos sons mais sutis aos mais impactantes fará o espectador azul se desviar dos tiros que passam a centímetros de sua cabeça ! A se assustar com as explosões, a temer a aproximação dos tanques inimigos, a sentir a brisa no cemitério... É o que todos nós, taradinhos, ambicionamos: envolvimento total ! Muita intensidade... Também leva a referência de áudio !

"My family is with me today. They wanted to come with me. To be honest with you, I wasn't sure how I'd feel coming back here. Every day I think about what you said to me that day on the bridge. I tried to live my life the best that I could. I hope that was enough. I hope that, at least in your eyes, I've earned what all of you have done for me. " [James Francis Ryan]



Avaliação:
. Estória: 4.5/5
. Imagem: 5/5
. Áudio: 5/5
. Edição: 3.5/5

Ficha Técnica:
. Vídeo
Video codec: MPEG-4/AVC
Video resolution: 1080p
Aspect ratio: 1.85:1
Original aspect ratio: 1.85:1
Data de Lançamento BD: 21/05/2010

. Áudio
Inglês: DTS-HD Master Audio 5.1, Alemão, Francês, Espanhol, Italiano: DD 5.1

. Legendas:
Alemão, Francês, Inglês , Italiano, Espanhol, Dinamarquês, Sueco, Norueguês, Finlandês, Holandês

. Disco:
Capacidade: 50GB Blu-ray Disc / Two-disc set (2 BDs)
Região: ABC
Duração: 169 minutos

. Extras:
Making Of / Featurettes / Background reports / Trailer

Fotos da Edição:







quinta-feira, julho 15, 2010

E agora Leão ?

E agora Leão ?
Queremos James Bond de volta !
Mais uma fera em extinção ?



Não dá para acreditar !



Para nós, brasileiros, que "matamos um Leão" por dia para sobreviver ante às enormes dificuldades verde amarelas e que anualmente nos deparamos com o Leão da Receita Federal, assustador e feroz, é por demais triste e, diria até, deprimente, ver o que estão fazendo com o Leão mais amado e famoso do mundo: o Leão da Metro Goldwin Mayer [MGM] !

O famoso Leão da Metro está velho, desdentado e agonizante !

Atolada em uma dívida estrondosa que beira os US$ 3,7 bilhões de obamas, a produtora de clássicos como o destemido Ben-Hur [1959, com o Chatão Heston], o inesquecível O Mágico de Oz [1939, com a eterna garotinha Judy Dorothy Garland] e o lacrimoso E o Vento Levou[1939, ah... minha amada Scarlett !], está simplesmente falindo e fadada a desaparecer !

É inacreditável, pois este gigante que ruge garbosamente ao anunciar mais um mega sucesso das telonas, detentora de um catálogo invejável e de fazer parecer as demais concorrentes simples gatinhos domésticos, está sucumbindo sob a sua vasta juba à espera de uma fusão milagrosa ou mesmo de um comprador incauto e idealista !

Os seus credores, como uma praga de ratos esfomeados, estão acuando o outrora destemido felino, ameaçando-o de extinção !

Pergunta que não quer calar: e os prejuízos incalculáveis ao mundo azul ? Já foi anunciada a interrupção sumária das edições dos demais filmes do catálogo do nosso espião mais amado e sedutor do espaço hollywoodiano: My name's Bond, James Bond !

Nas telonas ? Nova aventura do 007 cancelada !



A MGM conseguiu junto aos credores novo adiamento da execução da dívida, o sexto ! Será que conseguirá efetuar uma reestruturação financeira e operacional que dê mostras de um caminho de efetiva recuperação ? É o que todos estamos torcendo....

Os leitores azuis se perguntam: como isso aconteceu ?

Como sempre, a resposta não é simples, resultado de uma confluência de situações e desdobramentos, desde a uma operação de compra da MGM por um consórcio entre Sony, Comcast, Providence Equity e TPG Capital que acabou não se concretizando, passando por conjunturas econômicas desfavoráveis [estouro da bolha financeira e retração de crédito], chegando até uma fusão esperada com produtoras menores [Spyglass, Summit ou Lionsgate], que por diversas razões acabou não acontecendo...

Todos nós, amantes de filmes do mundo azul, estamos na maior "reza brava" para que a MGM e o seu icônico Leão volte a rugir com muito vigor e desenvoltura trazendo entretenimento de alta qualidade para o nosso maltratado planeta !



[Fonte: EFE Servicios]

sexta-feira, julho 09, 2010

Shutter Island

[2010, Paramount Pictures]



Como é bom ter um grande Scorsese de volta !

Desde Goodfellas [1990] não se via um Scorsese tão vigoroso, definitivamente "acertando a mão" nesta tão aguardada bolacha azul. Um verdadeiro soco no estômago ! Retoma a linha de grandes filmes após produções discutíveis como The Departed [2006], The Aviator [2004] e Gangs of New York [2002]. Três películas realizadas com Leonardo DiCaprio [o ótimo Frank Wheeler de Revolutionary Road, 2008] sem a unanimidade de público e crítica.

Nesta quarta produção conjunta, DiCaprio está fenomenal como o agente federal Teddy Daniels. Sem dúvida alguma há uma enorme evolução deste ator americano, outrora promessa em filmes como What´s Eating Gilbert Grape e This Boy´s Life [ambos de 1993]. A atuação de DiCaprio é soberba, bem elaborada e emocionante. Carrega o filme nas costas em um duelo de gigantes com o ator inglês Ben Kingsley [o inigualável Ghandi, 1982], que compõe um temerário e sinistro Dr. Cawley.



A trama é envolvente e deixará o leitor azul à beira de um ataque de nervos, roendo todos os dedos e colado em sua poltrona ! A estória é baseada no livro "Paciente 67" [Shutter Island, 2001] de Dennis Lehane [1966- ], escritor americano, cujo título "Sobre Meninos e Lobos" [Mystic River, 2003] é o seu mais famoso livro. A sequência inicial do filme em meio a uma pesada neblina já entrevê uma homenagem aos filmes de terror gótico e anuncia a chegada do agente Teddy Daniels e de seu parceiro, Chuck Aule [Mark Ruffalo, o médico de Blindness, 2008], à Ilha Shutter. A chegada à ilha tem o intuito de desvendar o misterioso desaparecimento da perigosa paciente Rachel Solando [Emily Mortmer, a Nicole de Pink Panther, 2006] do complexo presidiário e psiquiátrico, Ashcliffe Hospital, Boston. Ficamos sabendo que Daniels forçou a barra para que esta missão lhe fosse atribuída para poder resolver questões particulares que o espreitam desde a morte de sua amada esposa, Dolores Chanal [a ótima Michelle Williams, Alma de Brokeback Mountain, 2005]. Scorsese, como é sabido, é uma verdadeira enciclopédia cinéfila, esbanjando erudição, seja durante encontros com entrevistadores em festivais, seja atuando na direção de um filme dando indicações precisas à sua equipe. Assim sendo, não é surpresa que a partir da chegada dos agentes federais à ilha, o espectador azul se veja às voltas com um mosaico de referências e um labirinto de pistas que instigam e confundem, causando uma tensão contínua e sufocante. Mestre Hitchcock [Psycho, 1960] é lembrado em várias cenas, a mais óbvia, a do chuveiro ! E o querido David Lynch [Mulholland Drive, 2001] se faz presente nas cenas oníricas e nas sequências de horror.



É um filme ousado, que causará muitas discussões e análises apaixonadas, considerando as tomadas panorâmicas da ilha, os flashbacks da guerra e do holocausto cruel, o enfoque dado ao drama pessoal do protagonista, as falas desconcertantes que permeiam a trama e a alternância de cenas bisonhas [close em um fauno de pedra e coisas do tipo....] com cenas inesquecíveis [das cinzas incendiárias...preste atenção !]. Depois de muitos anos reencontro o prazer de assistir a um filme de Scorsese ! Filme de diretor maduro, personalíssimo, com um vasto arsenal de recursos e um liquidificador de referências. Desta vez, a dupla Scorsese / DiCaprio acertou em cheio ! Recomendo, e muito !



Algumas curiosidades por trás dos bastidores: quando a Paramount Pictures decidiu viabilizar este projeto tinha em mente a dupla de atores Brad Pitt e Mark Wahlberg como protagonistas, além do diretor David Fincher [The Curious Case of Benjamin Button, 2008]. A paisagem da ilha Peddocks, exibida no início do filme, a Acadia National Park no estado de Maine, o Medfield State Hospital e o Rice Estate do Turner Hill Country Club em Ipswich, ambos no estado de Massachussetts, além de imagens em CGI, compõem o cenário de Shutter Island. A área montanhosa da ilha não existe e foi adicionada na pós produção. Entretanto, os prédios de tijolos em ruínas pertencem à ilha Peddocks. A caneta esferogáfica usada pelo personagem Teddy é uma Parker Jotter lançada em 1954, ano em que se passa a ação. Foi a primeira caneta esferográfica confiável a alcançar o mercado e vendeu, só naquele ano, mais de 3.5 milhões de exemplares, tornando a caneta tinteiro obsoleta.

A edição analisada é uma marmita francesa com grafismos externos em cores sóbrias e foscas. Sobressai o olhar severo, levemente paranóico, do DiCaprio, além de tomadas da ilha. Há um folheto externo, destacável, com a ficha técnica do filme azul. O seu interior possui arte impressa com fotos do filme e um único disco com estampa semelhante aos vendidos pelos camelôs da rua 25 de março ! Realmente bem ruinzinha... Não dispõe de áudio e legenda em português !



A imagem deste disco azul é uma das melhores que vi até o momento ! Deslumbrante ! Prestem atenção na abertura do filme, uma aula de fotografia do diretor Robert Richardson [o mesmo de Inglorious Basterds, 2009]. Reparem nas maravilhosas cores dos interiores e estampas dos tecidos e diversos materiais, o preto profundo e as gradações de cinza nas sombras das cenas do hospital/presídio. Tudo muito sintonizado com o clima sombrio que envolve a trama e que contrasta com a luminosidade das cenas externas da ilha, das cores vivas e transbordantes. As nuances das linhas de expressão de cada personagem são ressaltadas com muita naturalidade e detalhismo impressionantes. Referência, sem dúvida ! Qualidade encontrada em filmes recentes com transfers caprichados e fiéis. Você, leitor azul, certamente ficará com o queixo caído !



A trilha sonora tem uma importância capital no decorrer da estória e é responsável pelo ar sufocante e tenso, muitas vezes, aterrorizante. A menos do quarteto de Mahler, não há propriamente música identificável ou temas reincidentes. Sons da natureza, ondas, chuva, pássaros, tempestade e ruídos de toda natureza conduzem o estado de espírito dos personagens e da audiência. Tudo embalado em um cativante DTS-HD MA 5.1 preciso e envolvente. Não leva a nota máxima, pois algumas falas são abafadas pelos sons externos....



Avaliação:
. Estória: 4.5/5
. Imagem: 5/5
. Áudio: 4.5/5
. Edição: 4/5

Ficha Técnica:
. Vídeo
Video codec: MPEG-4 AVC
Video resolution: 1080p
Aspect ratio: 2.35:1
Original aspect ratio: 2.39:1
Data de Lançamento BD: 24/06/2010

. Áudio
English: DTS-HD Master Audio 5.1, French: DTS 5.1

. Legendas:
Francês, Inglês , Holandês, Dinamarquês, Sueco, Norueguês, Finlandês

. Disco:
Capacidade: 50GB Blu-ray Disc / Single disc (1 BD)
Região: ABC
Duração: 137 minutos

. Extras:
Behind the Shutters HD / Into the Lighthouse HD

Fotos da Edição:













quarta-feira, julho 07, 2010

District 9

[2009, Sony Pictures]



É um grande filme de ficção científica !
Não nos moldes da Trilogia James Cameron [Terminator, 1984 / Aliens, 1986 ou Avatar, 2009], filmes de ação ecológicos banhados de muita tecnologia futurista e de alienígenas indestrutíveis. Se o leitor está esperando uma película similar, esqueça !

A ação se passa na cidade de Johannesburg [compare com a cidade de Pretória em Invictus, 2009 - da mesma África do Sul e da mesma época] e começa com um apanhado histórico, narrado pelo protagonista, Wikus Van De Merwe [Sharlto Copley, o Murdock de A-Team, 2010], um funcionário burocrata da organização privada MNU [Multi-National United], responsável pela remoção de 1,8 milhões de alienígenas para uma nova área demarcada. Através de entrevistas e depoimentos no formato de documentário, ficamos sabendo que os forasteiros chegaram em uma imensa nave há 28 anos atrás, e contrariando as expectativas de qualquer pessoa acostumada a assistir grandes produções hollywoodianas [Close Encounters of the Third Kind, 1977 e The Day the Earth Stood Still, 2008], não são etéreos, intelectualmente avançados, bonitos e perfumados, e sim com aparência de "camarões" [prawns] subnutridos e sujos. Tudo indica ser uma nave mãe de trabalhadores, que enguiçada e sem meios de retornar ao planeta de origem, pede ajuda aos terráqueos. Após a quebra do encanto inicial e sem a perspectiva de usar as suas armas biotecnológicas alienígenas, o grande interesse da MNU, os "sábios" humanos confinam esta população de mais de 1 milhão de extraterrestres crustáceos em uma área demarcada e militarizada, o Distrito 9.



Daí, qualquer semelhança com as "homelands" usadas pelo regime Apartheid sul africano para os negros a partir de 1948 [os "camarões" chegaram em 1982 !], é mera coincidência ! As favelas e às condições a que são submetidos os oprimidos e desprezados alienígenas bonitões são realistas e encontráveis em qualquer regime segregacionista, seja por cor, credo, nacionalidade ou situação econômica. Lemos diariamente os noticiários da França, Alemanha, Israel e, claro, Brasil, e não nos espantamos. O mesmo acontece no enredo do filme, mas de forma muito mais explícita e impactante com esta minoria sideral. Tudo isso adicionado à saga kafkaniana de Wikus Van De Merwe, interpretado magistralmente pelo ator sul africano Sharlto Copley, que nos faz acreditar em sua odisséia particular. Há também humor ácido, como nas cenas de comida para gatos, impagável ! A brutalidade dos humanos, é digno de nota, e é responsável pelas cenas mais violentas e cruéis de todo o filme. Ao invés de enaltecer os alienígenas, a estória ressalta os aspectos mais sombrios e malignos da natureza humana. A mentira, a manipulação, a opressão, o espírito bélico, o desrespeito pelas diferenças, a crueldade da tortura e a curiosidade mórbida estão presentes neste disquinho azul. Emerge desta área degradada, District 9, a bandidagem organizada, na figura de uma gangue nigeriana, que age no mercado negro e distribui generosa violência. O espelho mais uma vez refletindo a imagem de traficantes de droga de nossos morros favelados.



Direção surpreendente do estreante Neill Blomkamp [do desconhecido Tempbot, 2008], que em conjunto com Terri Tatchell, sabe contar uma boa estória de forma segura e envolvente. O leitor azul ficará "grudado" em sua tela acompanhando o desenrolar dos acontecimentos. Filme de baixo orçamento [US$ 30 milhões], com jeitão de filme "indie", baseado na infância do diretor sul africano. É um filme que excederá todas as suas expectativas ! Recomendo !



Algumas curiosidades por trás dos bastidores: como parte da divulgação do filme, tanto nos EUA, como na Inglaterra, foram distribuídos cartazes em pontos de ônibus, prédios comerciais, etc..., nas suas principais cidades, designando áreas de acesso proibido para alienígenas. Além da figura crustácea, constava no cartaz telefones para delatar a eventual entrada dos alienígenas ! Todas as tomadas feitas no District 9 foram feitas em áreas faveladas com barracos reais de Johannesburg, o que acentua o paralelo com a nossa triste realidade. A linguagem dos extraterrestres, repleto de "clicks", foi baseado em inúmeros dialetos e línguas tribais africanas, inclusive Zulu e Xhosa. A estória, uma adaptação do curta Alive in Joburg [2005, Blomkamp], foram inspiradas pelos acontecimentos da década de 70, na remoção forçada de 60 mil habitantes do District 6 na Cidade do Cabo, durante o Apartheid.



A edição analisada é uma lata francesa, digna de se enfileirar às demais marmitas na prateleira de qualquer colecionador sério. Destaque para a foto estampada na capa / contracapa da lata com a imensa nave alienígena sobre os prédios de Johannesburg vista do interior do District 9, além da famosa placa de aviso. Ao abrir a lata, grafismos sóbrios, mas condizentes com a mensagem do filme. Possui uma folha com a ficha técnica da edição sobreposta à lata. Áudio em francês e inglês e Legendas somente em francês.

Aviso ! é uma edição endereçada aos versados em francês, pois as falas dos alienígenas são apresentados com legendas em francês ! Para piorar, a bolacha francesa é Região B.



A imagem desta bolacha azul é extraordinária, para mim, referência ! Imagem limpa, clara e luminosa, sem resquícios de qualquer tipo de granulação. Apenas a porção inicial, em formato de documentário, é apresentado com imagens intencionalmente envelhecidas. Tudo muito detalhado e natural, com muitas cenas externas impressionantes em tons vívidos com cores puxando sempre mais para o marrom terra para destacar as favelas e o estado de degradação em que vivem os extraterrestres. As imagens são muito realistas e detalhadas, roupas e feições dos protagonistas aparecem como se estivessem ao nosso lado. A textura dos alienígenas, embora em CGI, se integram perfeitamente ao contexto visual de cada tela exibida. Efeitos especiais e visuais de primeira ! É realmente impressionante e o nosso taradinho azul não ficará em momento algum desapontado, assim como tenho a convicção que o diretor de fotografia, Trent Opaloch, não ficou com o resultado em blu-ray.

O áudio maravilhoso em DTS-HD Master Audio 5.1, é um prato cheio para aqueles que possuem um HT. Destaque para vozes nos rádios dos comandados da MNU, os diálogos dos alienígenas, gritarias, explosões, tiros de assustar qualquer na sua sala, voos ensurdecedores de helicópteros, tudo com uma participação especial e importante do seu subwoofer, que seguramente vai estremecer as suas vidraças ! A trilha sonora de Clinton Shorter, embora sutil, é responsável por toda a tensão e agonia do filme e valoriza, através de sons e vibrações de baixa frequência o seu subwoofer. Qualidade técnica inquestionável ! Produção de Peter Jackson [Lord of the Rings], que demonstra talento na escolha de diretor / trama para botar o seu dedo milionário.



Avaliação:
- Estória: 4/5
- Imagem: 5/5
- Áudio: 5/5
- Edição: 4/5

Ficha Técnica:
- Filme:
. Vídeo: 1080p High-Definition 16 x 9, 1,85:1
. Áudio: English DTS-HD MA 5.1, French DTS-HD MA 5.1,
. Legendas: French
. Região: B
. Capacidade do Disco: 50 GB
. Video-Codec: MPEG-4 AVC
. Duração: 112 minutos

- Extras:
. Audio commentary by director Neill Blomkamp
. " The Alien Agenda ": Diary of a filmmaker
. Deleted Scenes
. Report on design and the design of the aliens
. Áudio: French, English
. Legendas: French

Fotos da Edição: